
Abandonados por todo o lado, nos beirais dos caminhos
soprados de verde-chuva sobre o vermelho das picadas,
jazem as cicatrizes latejando ainda memorias
talhadas no zunir dos ferros, engrenagens e murteiros...
a alma, assustada, esquece os gritos dos meninos, os clamores
perdidos, oracoes das mulheres, de seios mirrados
amamentando filhos ja mortos no futuro estupido
raiando sangue no quotidiano dos dias palidos
de Novembro florindo acacias-rubras sobre o chao
informe onde jazem mortos os filhos de mukayas tambem
elas ja mortas, apodrecidas... cicatrizes.
Namibiano Ferreira
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